Em um giro pela cidade na manhã desta segunda (13), flagramos o cometimento de infração de trânsito na Rua Brigadeiro Eduardo Gomes, no centro de Feira de Santana. Funcionários da clínica de trânsito Habilimed, colocaram cones na rua, com a finalidade de reservar uma vaga de estacionamento, algo proibido pelo artigo 246 do código de transito brasileiro que diz que obstaculizar a via indevidamente, constitui infração gravíssima.

Ao serem indagados pela reportagem, os funcionários da clínica disseram que tal ação é permitida, pois o médico tem fé pública, algo que não existe, somente veículos oficiais tem essa prerrogativa. Em entrevista ao repórter Hely Beltrão, o superintendente Municipal de Trânsito Cleudson Almeida, afirmou que a medida é ilegal, e que infelizmente no trânsito de Feira de Santana, as pessoas só pensam em si mesmas.

"Encaminharemos uma equipe ao local para verificar o que está acontecendo, o estabelecimento   pode ser notificado, se o equipamento for deles a SMT notifica para que eles retirem, se não o fizerem, a SMT retira. O grande problema em Feira de Santana é que as pessoas só pensam em si, muitas vezes falamos que o nosso trânsito é complicado, mas não é, 70% das dificuldades encontradas no trânsito são causadas pelos próprios condutores e proprietários de estabelecimentos comerciais na cidade, hoje em dia para um comerciante ter a compreensão de que o estacionamento e a rua não são deles é muito complicado, na porta das escolas os pais fazem absurdos, porque entendem que a única possibilidade de parada é a deles, param em fila dupla, vem pela contramão em vias sinalizadas de sentido único, é complicado não só em Feira. Muito dos problemas de trânsito vão do comportamento do condutor e das pessoas que acham que estacionamentos na porta de loja são deles e não são, a rua é pública, os espaços para estacionamento das ruas não é individual", disse.

O superintendente pediu o apoio da imprensa para desmentir o boato da existência de uma indústria de multas, algo que segundo ele não existe, mas sim a conduta repetida dos motoristas em descumprir a lei.

"Aproveito essa oportunidade para desmistificar essa questão, da existência de uma indústria de multas, isso na verdade não existe, o que acontece é a insistência de condutas que leva o agente de trânsito a determinado local onde ocorre a infração e notifica o motorista, é muito difícil não retratar a realidade, dizer que foi notificado sem ter cometido a infração", finalizou.